sábado, 19 de abril de 2008

O que é reciclagem?

Introdução
Olhemos para nossas casas. Você já reparou como desperdiçamos? Seja a água, alimentação, energia, ou até mesmo um papel que pegamos para anotar um recado. Nunca paramos para pensar como este papel chegou até nossas mãos, que caminhos teve que percorrer, e muito menos nos lembramos que este mesmo papel é um pedaço de uma árvore, de uma floresta!
A reciclagem é como uma mágica ou alquimia, tudo se transforma. O material escolhido passa por um processo, é tratado, alterado e de repente de um bolo de correspondências que estava amontoado no canto do seu armário, nasce um livreto, um bloco, um caderno, qualquer coisa que sua imaginação permitir, e o que é mais legal, é que será feito por você, terá um outro valor, e você estará contribuindo a favor da natureza.
O papel reciclado requer cerca de 74% a menos de energia e 50% a menos de água do que o papel obtido de madeira virgem.

A reciclagem de papel é antiga. Ao longo dos anos, o material mostrou ser fonte acessível de matéria-prima limpa. Com a conscientização ambiental, para a redução da quantidade de lixo despejado em aterros e lixões a céu aberto, os sistemas de reciclagem de papel evoluíram. As campanhas de coleta seletiva se multiplicaram e aumentou a ação dos catadores nas ruas, que tem no papel usado sua maior fonte de sustento.


Historia do papel:
Nos últimos anos a conscientização ambiental contribuiu para a redução da quantidade de lixo despejados em aterros e lixões a céu aberto. No material proveniente do trabalho de coleta seletiva é que se encontra a matéria-prima para produção do papel reciclado artesanal. O papel reciclado requer cerca de 74% a menos de energia e 50% a menos de água do que o papel obtido de madeira virgem. A palavra papel é originária do latim "papyrus", nome dado a um vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus). A medula dos seus caules era empregada, como já referido, pelos egípcios, há 2 400 anos antes de Cristo. Entretanto foram os chineses os primeiros a fabricarem o papel como o atual. Por volta do século VI a.C. os chineses começaram a produzir um papel de seda branco próprio para pintura e para escrita.
A InvençãoMinistro de vários imperadores chineses, Ts'ai Lun, é até hoje reconhecido como o inventor do papel, em cerca de 105 a.C. A maioria dos historiadores concorda em atribuir a T'sai Lun, um oficial da Corte Imperial Chinesa, a primazia de ter feito papel por meio de polpação de redes de pesca e de trapos e mais tarde usado vegetais. Esta técnica foi mantida em segredo pelos chineses durante quase 600 anos. O uso do papel estendeu-se até os confins do Império Chinês, acompanhando as rotas comerciais das grandes caravanas. Até então a difusão da fabricação do papel foi lenta. Tudo parece indicar que a partir do ano 751 d.C, quando os árabes, instalados em Samarkanda, grande entreposto das caravanas proveniente da China, aprisionaram 2 chineses que conheciam a arte do papel e a trocaram pela sua liberdade. Dai então foi possível a quebra do monopólio chinês com o início da produção de papel em Bagdá (795 d.C.). A partir daquele momento a difusão do conhecimento sobre a produção do papel artesanal acompanhou a expansão muçulmana ao longo da costa norte da África ate a Península Ibérica. Os primeiros moinhos papeleiros europeus localizaram-se na Espanha, em Xativa e Toledo
(1085). Ao mesmo tempo via Sicília ou Palestina, o papel foi introduzido na Itália. Depois em 1184 chegou a França e então lentamente outros paises começaram a estabelecer suas manufaturas nacionais. Na América foi introduzido pelos colonizadores e no Brasil em 1809. A sua produção se deu desde então a nível industrial. No fim do século XVI, os holandeses inventaram uma máquina que permitia desfazer trapos desintegrando-os até o estado de fibra. O uso dessa máquina que passou a chamar-se de "holandesa", foi se propagando e chegou até os nossos dias sem que os sucessivos aperfeiçoamentos tenham modificado as suas idéias básicas. No fim do século XVIII, a revolução industrial amenizou a constante escassez de matéria prima para a indústria de papel e aumentou a demanda criando um mercado com grande poder de consumo. Em fins do século XVIII e princípios do século XIX a indústria do papel ganhou um grande impulso com a invenção das máquinas de produção contínua e do uso de pastas de madeira. O processo de produzir papel com vegetais, inventado por T'sai Lun (150 anos d.C.) consistia em um cozimento forte das fibras, após o que eram batidas e maceradas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a folha formada sobre uma armação de madeira. Sobre esse molde conseguia-se a folha celulósica mediante uma submersão do mesmo em uma tina, contendo a dispersão das fibras. Nesta lâmina de papel podia-se escrever e/ou pintar. Com algumas modificações, este processo artesanal é usado até hoje.


Os primeiros moinhos papeleiros europeus localizaram-se na Espanha, em Xativa e Toledo (1085). Ao mesmo tempo via Sicília ou Palestina, o papel foi introduzido na Itália. Depois em 1184 chegou a França e então lentamente outros paises começaram a estabelecer suas manufaturas nacionais. Na América foi introduzido pelos colonizadores e no Brasil em 1809. A sua produção se deu desde então a nível industrial.
No fim do século XVI, os holandeses inventaram uma máquina que permitia desfazer trapos desintegrando-os até o estado de fibra. O uso dessa máquina que passou a chamar-se de "holandesa", foi se propagando e chegou até os nossos dias sem que os sucessivos aperfeiçoamentos tenham modificado as suas idéias básicas.



No fim do século XVIII, a revolução industrial amenizou a constante escassez de matéria prima para a indústria de papel e aumentou a demanda criando um mercado com grande poder de consumo. Em fins do século XVIII e princípios do século XIX a indústria do papel ganhou um grande impulso com a invenção das máquinas de produção contínua e do uso de pastas de madeira.
Há aproximadamente 15, 20 anos é que no Brasil, artistas plásticos vêem resgatando e difundindo as técnicas de produção do papel artesanal.
O papel usado como suporte para escrita é o material mais usado nos dias de hoje, embora haja ainda a permanência de outros materiais. Antes da criação do papel, em alguns países e/ou grupos humanos existiram maneiras curiosas do homem se expressar através da escrita. Na Índia, usavam as folhas de palmeiras, os esquimós utilizavam ossos de baleia e dentes de foca. Na China os livros eram feitos com conchas e cascos de tartaruga e posteriormente em bambu e seda. Estes dois últimos antecederam a descoberta do papel. Entre outros povos era comum o uso da pedra, barro e até mesmo a casca das árvores. As matérias primas mais famosas e próximas do papel foram o papiro e o pergaminho. O papiro (figura ao lado), foi empregado na Antigüidade pelos egípcios na confecção de folhas, semelhantes ao nosso papel, sobre as quais escreviam e que chamavam papiro. A palavra papel provém de papiro. Os egípcios extraíam do talo do papiro finas lascas, que esmagavam, empastando-as juntas, alisando-as com auxílio de conchas, para logo em seguida enrolarem as largas faixas, assim formadas, em rolos cilíndricos. O pergaminho (figura ao lado) era muito mais resistente, pois se tratava de pele de animal, geralmente carneiro, bezerro ou cabra. O pergaminho de manuscrito apareceu bem antes da era cristã. Entre outras vantagens, possuía a de poder ser raspado e reescrito, dando origem aos palimpsestos. Sua difusão não foi, porém, muito rápida, pois só no século IV d.c. é que se firmou como substituto do papiro. A Idade Média é o seu período de esplendor, quando se cobre de iluminuras e dourados. A palavra papel é originária do latim "papyrus", nome dado a um vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus). A medula dos seus caules era empregada, como já referido, pelos egípcios, há 2 400 anos antes de Cristo. Entretanto foram os chineses os primeiros a fabricarem o papel como o atual. Por volta do século VI a.C. os chineses começaram a produzir um papel de seda branco próprio para pintura e para escrita. O papel produzido após a proclamação da invenção, diferenciava-se desse, unicamente pela matéria prima utilizada. A maioria dos historiadores concorda em atribuir a T'sai Lun, um oficial da Corte Imperial Chinesa (150 d.C.) a primazia de ter feito papel por meio de polpação de redes de pesca e de trapos e mais tarde usado vegetais. Esta técnica foi mantida em segredo pelos chineses durante quase 600 anos. O uso do papel estendeu-se até os confins do Império Chinês,

acompanhando as rotas comerciais das grandes caravanas. Até então a difusão da fabricação do papel foi lenta. Tudo parece indicar que a partir do ano 751 (d.C), quando os árabes, instalados em Samarkanda, grande entreposto das caravanas provenientes da China, aprisionaram dois chineses que conheciam a arte do papel e a trocaram pela sua liberdade. Daí então foi possível a quebra do monopólio chinês com o início da produção de papel em Bagdá (795 d.C.).

Ilustrações extraídas do livro “ABC des Papiers” de Karl Trobas - Graz, Austria, 1982

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São Paulo, SP, Brazil
Arte Educadora | Professora de Arte | Licenciatura Plena em Artes (Centro Universitário Belas Artes), Comunicação Social |Ênfase em Produção Editorial e Multimeios (Universidade Anhembi Morumbi). Encadernação Artística Artesanal; Restauração de livros; Pesquisa e criação de objetos e utilitários produzidos a partir de materiais recicláveis ou reaproveitáveis; Apaixonada por fotografia, poesia, grafite, gravura, desenho, música, toda a forma de Arte; Desenvolvo alguns trabalhos artísticos amadores por assim dizer. Atualmente dedico-me a Lecionar Arte-educação em Escolas e ofereço oficinas para desenvolvimento criativo, em que são confeccionados objetos. Interesse em aprofundar meus estudos nas áreas de Mediação na Cultura e nas Artes e Arte como terapia. Meus trabalhos antigos em papelaria: http://drearte.blogspot.com/ Novidades em tecido: http://cotiledone.blogspot.com